A cidade grande desumaniza o ser humano

Que tal fazer um post sobre morar no interior ou na capital? Aliás, pra ser mais exato, não precisa nem ser interior, pode ser até uma capital desde que seja de tamanho médio, sem ser essas megacidades com mais de 2 milhões de habitantes. Então a pergunta certa seria: cidade média ou grande? E agora que, graças à internet, temos a possibilidade cada vez maior de trabalhar em casa, essa pergunta sempre vem à tona cada vez mais.

Ambos tem suas vantagens e desvantagens. Por exemplo, morar na capital você tem mais opções de lazer, entretenimento como cinema, shows, parques etc. Mas em compensação o custo de vida, violência e trânsito são maiores.

A cidade grande também afasta as pessoas. Torna o ser humano apenas mais um na multidão, descartável, passageiro, reciclável. E como na cidade grande o custo de vida é caro e não se consegue fazer muita coisa sem o dinheiro, ele vira quase uma obsessão sem limites. Além disso as diferenças sociais ficam mais latentes, pois na cidade grande existe desde o milionário em seu casarão e carros importados, até o favelado pegando ônibus ou metrô lotado pra ir trabalhar todo dia. Tudo gira em torno do ter e não do ser. E tudo aquilo que faz o ser humano se distanciar da sua essência, o desumaniza.

Já no interior as vantagens estão nas coisas simples da vida. Poder aproveitar o dia sem correria, valorizar as amizades e as pessoas conhecidas. E óbvio, viver uma vida com um custo de vida menor e mais qualidade de vida.

No interior é aquela serenidade, o contato constante e quase onipresente com a natureza, o canto dos pássaros. A vida se torna mais idílica e harmônica. Você passa a se dar conta que a vida não precisa ser complicada pra ser boa. É possível ter vida de qualidade aproveitando o que a natureza já nos dá de graça: abundância de frutas, verduras, alimentos.

No interior também existem as desigualdades sociais, mas é algo menos escandaloso e agressivo. Dói menos, pois as distâncias são menores, a violência é menor. Ou seja, a diferença em termos de qualidade de vida entre quem tem e quem não tem dinheiro existe, mas não chega a ser algo tão latente quanto na cidade grande.

Eu particularmente me situo no meio termo. Se a cidade for pequena demais, pacata demais não gosto. Mas também odeio o stress e a correria de cidade grande, ficar preso no trânsito e viver com medo de assaltos etc. Então eu gosto mesmo é de cidades médias, do tipo que não falta nada de fundamental, tendo um bom shopping, cinema, supermercado, de vez em quando alguns shows, mas ao mesmo tempo ainda sem o trânsito e a violência das grandes cidades e das capitais Brasil afora.

Agora a melhor cidade do mundo mesmo, é aquela onde você é bem quisto e se sente em casa, junto de amigos e familiares queridos.

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