De onde viemos e para onde iremos? Filosofia da Ciência
São duas questões que pautaram minhas buscas por muitos anos. Sempre tive esses pensamentos, de onde vim e para onde eu vou. Acredito que não apenas eu, mas muitas pessoas, devam possuir tais questionamentos. Essa é a intenção deste texto compartilhar um pouco acerca dessa minha busca.
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Nasci em uma família católica, existia a obrigação de estar ali todo domingo. Quando era criança, não entendia o porquê desse compromisso semanal, mas mesmo sendo obrigado era legal, um monte de pessoas diferentes e até outras crianças para brincar nos intervalos. O problema é que quando crescemos, a religião por vezes acaba se tornando uma obrigação mais “pesada”.
Você é restringido de diversas coisas, precisa seguir diversos preceitos e muitas vezes são coisas que não concordamos ou no meu caso, precisava debater sobre para entender, aí outro problema da religião, você apenas tem que acreditar e seguir. Tentei levar isso adiante durante a adolescência, afinal a única realidade que conhecia era a de um ser criador de tudo.
Mas tudo para mim soava muito fantasioso, as pessoas falavam que nem tudo deveria ser entendido de forma literal. Eu pensava, mas como distinguir o que é literal ou fictício? Impossível, nunca consegui e acredito que nenhum ser humano também tenha conseguido. Mas, o ponto crucial da crença era “a resposta pronta” para tudo, ou seja, qualquer dúvida ou questionamento já tinha uma resposta preestabelecida no livro sagrado.
Hoje eu entendo que sempre fui filósofo, muito mesmo antes de me “formar” filósofo, pois a Filosofia é essa busca pelas respostas e as experiências para alcançá-las, coisas que nenhuma religião me trouxe, mas as perguntas continuavam sem respostas. Foi ali que tive meus primeiros contatos com a Ciência (não levo a escola em consideração, pois lá era apenas absorção de conteúdo e não o entendimento dele).
Li Darwin, Newton e Carl Sagan ainda na adolescência, que indiretamente me levaram a conhecer filósofos como Tales de Mileto, Aristóteles e Descartes. Já na fase adulta entendi para onde vou, hoje vejo a morte como uma reciclagem do composto orgânico que é o meu corpo, isso para mim é o suficiente, nunca almejei ser transcendental, aliás, nunca acreditei em vida após a morte. O questionamento próximo a isso que me resta é: onde a raça humana chegará?
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Mas e o: de onde viemos? Para mim a evolução é uma teoria satisfatória além de ser algo já amplamente comprovado. A teoria do Big Bang também penso ser satisfatória, a única pendência que ainda possuo é: como surgiu a vida na Terra? Será que foram reações químicas nos mares do planeta primitivo que fizeram “surgir” a vida? Ou talvez ela tenha vindo através de cometas e asteroides? Não sei e talvez morra sem saber disso, mas também já não me importo tanto.
Hoje, muitas pessoas que me conhecem sempre perguntam se me tornei ateu por causa dos conhecimentos obtidos através da ciência e da filosofia, minha resposta, não, a falta de credibilidade que tinha acerca das respostas dadas pela religião que me levaram à ciência e à filosofia, o ateísmo foi consequência dessa busca, já que o “vazio existencial” que eu tinha quando “ser religioso” nunca foi preenchido. Esse vazio apenas se tornou findo quando me entendi como ser limitado e humano.
A religião prega que somos quase semideuses, pois mesmo que o corpo acabe a alma permanece eternamente, justamente isso que leva a esse vazio, pois somos eternos mas fracos ao mesmo tempo. Quando nos entendemos como humanos falhos, limitados e mortais, esse vazio cessa. A maior primazia do ser humano é o autoconhecimento que por sua vez é a maior primazia do racionalismo.
Portanto, compartilhar meus pensamentos e conhecimentos aqui, em trabalhos acadêmicos ou pessoalmente. Foi a forma que encontrei de “me eternizar” já que não acredito em vida após a morte, essa foi a forma de eternizar uma parte de quem sou e do que aprendi.
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