Perdido na terra

Dia 1:
Querido Diário,

Meu nome é Kei. Eu mesmo nunca vi o ponto em escrever um diário de viagem, ou uma anotação, mas as aventuras e flagelações recentes da matilha me fazem insistir em documentar nosso relato; mais meu pai diz que é a melhor maneira de lembrar da nossa jornada quando chegarmos ao nosso destino final: casa.

Por outro lado, também me ajudaria a mapear a rota da matilha e finalmente descobrir o grande mistério de qual será nosso destino.

Entrando em uma nova porção de terra estrangeira, eu meio que esperava que um coro de anjos cantasse junto com os pássaros tropicais chamando por um parceiro, enquanto mostrava seus movimentos secretos de dança e penas de todas as cores do arco-íris; preguiçosamente pendia do outro lado do céu azul real, com vários tufos de nuvens interestelares oscilando à beira da minha visão juvenil.

Eu podia ouvir o movimento supersônico das asas das abelhas; a beleza indescritível das árvores de outono retorcidas e onduladas (provavelmente com centenas de anos de idade), carregando as folhas de cor carmesim balançando ao vento na brisa suave. As abelhas procuraram por néctar e flor de espécies desconhecidas do nosso tipo curioso, as finas lâminas de grama perfuravam pérolas de água e criaturas habitavam os céus, o chão e também embaixo dela. Este era certamente o lugar onde nossa jornada terminaria! Se não, montar um acampamento não faria mal algum - faria?

Enquanto eu estava deitado no local absorvendo a beleza da Mãe Natureza, o calor pulsante estranho que se espalhou através de mim como veneno e os sons reconfortantes da vida selvagem; foi instantaneamente invadido e quebrado pelo berro do meu nome vindo do meu pai, para me levantar e voltar para trilha.

Do meu lado, apareceu uma serpente longa e velha que rastejando emergiu e a contragosto, levantei-me e fui apanhar o resto da manada que já se distanciava como pontos no horizonte. De repente, meus ouvidos juvenis captaram um som fraco ... um jorrar de ... água, e por instinto só eu corri o mais rápido que minhas pernas grossas podiam me carregar, estranhamente eu não estava mais no controle do meu próprio corpo e antes me desse conta já tinha passado correndo pela manada, passando até mesmo em frente do meu pai e me preparando para pular no refrescante riozinho.

SPLASH! Em questão de segundos, eu estava completamente submerso no rio acolhedor, mas momentos depois, depois que minha cabeça emergiu da água, uma força desconhecida me agarrou pela nuca, e me arrancou da água e da minha felicidade enquanto era o riozinho era bombardeado por vários animais parecidos com dinossauros que brincavam alegremente nadando com incrível facilidade; como um tubarão mako cortando sua presa.

Continua...

#perdidonaterra