A Blockchain e o futuro da internet
Não vai assim há tanto tempo que a Web 2.0 apareceu e revolucionou a forma como acedemos à informação. Aplicações como o Skype que introduziram as videochamadas pareciam coisas de ficção científica. Com o tempo apareceram as primeiras redes sociais como o Facebook ou o Twitter, a Amazon tornou-se no shopping on-line, a Wikipedia substituiu as bibliotecas e partilhar um vídeo no YouTube colocou em causa os media tradicionais.
Esta revolução tornou-se incrivelmente lucrativa para as empresas que referi. As Nações Unidas publicaram um relatório onde referem que o número de utilizadores da internet cresceu de 738 milhões em 2000 para 3,2 biliões em 2015. As empresas big data que fazem negócio com os dados dos utilizadores aumentaram os seus lucros, tornando-se nas maiores empresas do mundo. A informação é o recurso mais precioso do mundo.
Nesta fase, os expoentes da Web 2.0 já tem um sucessor. A próxima web, prevista, levaria a uma mudança nostálgica da visão da web 1.0: mais humana e mais privacidade. Em vez de concentrar o poder e os dados nas mãos de gigantes com intenções duvidosas, estes seriam devolvidos aos legítimos proprietário: os utilizadores.
A visão de uma web mais justa e mais transparente remonta a cerca de 2006, mas as ferramentas e a tecnologia não estavam disponíveis para que ela se materializasse. A Bitcoin só seria inventada 3 anos depois, trazendo consigo a noção de um livro de contas distribuído, a cadeia de blocos e o armazenamento digital ponto a ponto (P2P). A descentralização foi a ideia chave. Agora, temos o que é descrito como internet centrada no ser humano.
Enquanto a Web 2.0 democratizou o uso e acesso à informação, acabou por criar um monstro. Plataformas como a Uber, AirBnb, Facebook são donas de redes privadas que gerem recursos dos seus utilizadores. A Web 3.0 será totalmente a antitese do que temos agora, tirando os intermediários do meio. Algumas das características serão as seguintes:
Contratos Inteligentes. A Ethereum foi a primeira plataforma a introduzir este conceito que permite que duas partes façam um contrato, cujas regras tem que ser seguidas e onde não é preciso confiar numa terceira parte para que as regras não sejam quebradas. A informação é confidencial e imutável. Empresas como a Google ou a Apple não serão mais donas da nossa informação e nenhum governo ou entidade tem recursos para acabar com esta tecnologia.
Propriedade dos dados: os utilizadores recuperarão o controlo completo dos seus dados e terão a segurança da criptografia. As informações podem ser partilhadas caso a caso e com base em permissões. Actualmente, grandes empresas como Amazon e Facebook têm centrais de servidores que armazenam informações sobre preferências alimentares, renda, interesses, detalhes do cartão de crédito e muito mais. Não é para melhorar os serviços que oferecem - comerciantes e anunciantes pagam bilões de dólares por ano por estas informações.
Melhoria de segurança: Os hackers e governos que espiam os seus cidadãos terão a vida complicada para o continuarem a fazer. Pela rede ser descentralizada e distribuída seria preciso desligar a rede por completo, o que é uma tarefa complicada.
Interoperabilidade: Na era da internet das coisas, muitos dos dispositivos são compatíveis apenas com certos sistemas operativos. A Apple é bastante fechada neste aspecto e muitas vezes não permite aplicações de terceiros funcionarem nos seus dispositivos. A mais recente polémica é com o Homepod que não funciona com o Spotify. No futuro os sistemas operativos serão totalmente "agnósticos" no que ao dispositivo diz respeito.
Blockchains livres de permissão: qualquer pessoa pode criar um endereço e interagir com a rede. O poder de acesso a blockchain não pode ser negado. Os utilizadores não serão proibidos por causa da geografia, renda, género, orientação ou uma série de outros factores sociológicos ou demográficos. Activos digitais podem ser transferidos, de forma rápida e eficientemente em qualquer lugar do mundo.
Serviços 24/7: Suspensões de contas e ataques DdoS serão dramaticamente reduzidos. Como não há um único ponto de falha, a interrupção do serviço será mínima. Os dados serão armazenados em nós distribuídos para garantir a redundância e vários backups evitarão falhas ou ataques do servidor.
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