Mulheres que inspiram #2 – Anne Frank
Como já disse anteriormente aqui, essa série tem a intenção de falar um pouco sobre algumas figuras femininas que exercem diferentes tipos de influências em minha vida. Hoje, escolhi falar sobre uma menina que além de inspiração, é também um exemplo de perseverança e força: Anne Frank.
Nascida em uma família judaica, filha de Otto e Edith Frank, Anne Marie Frank veio ao mundo no dia 12 de junho de 1929, na Alemanha, em meio a iminência de uma crise mundial. Anne e sua família viveram um período feliz em solo alemão, entretanto os anos de crise contribuíram para o crescimento do Partido Nazista liderado por Adolf Hitler, ditador declaradamente contrário a grupos que não considerava de origem ariana e pura, dentre eles, os judeus. Preocupado com os desdobramentos que todo o ódio e antissemitismo propagado por Hitler poderiam causar à sua família, Otto decide partir para a Holanda, onde constrói um novo lar junto de sua esposa e filhas.
A família conseguiu estabelecer uma nova vida em Amsterdam. As crianças iam à escola, Otto cuidava da empresa e Edith da casa. Foram cerca de 6, 7 anos vivendo com tranquilidade, segurança e liberdade, até que em 1940 os alemães invadem os Países Baixos e eles voltam a correr perigo. Diante disso, a família Frank, junto a outros 7 judeus, esconde-se em um anexo localizado no prédio comercial no qual Otto possuía sua empresa. Com a ajuda de 4 antigos funcionários de Otto, os 8 judeus passam 2 anos escondidos dos nazistas.
Aos 13 anos, Anne ganha de seu pai um caderno para colecionar autógrafos como presente de aniversário e resolve transformá-lo em um diário. Nele, além de escrever fatos de seu dia a dia, fala também sobre sua relação com os familiares e outros moradores do esconderijo e quais as suas percepções sobre cada um. Além disso, ela escreve também sobre sua vontade de se tornar escritora. O que talvez Anne jamais tenha imaginado é que seu Diário chegaria às mãos de milhões de pessoas ao redor do mundo e se tornaria um dos livros mais famosos do século XX.
Apesar de todo sofrimento causado pela privação e pelo contexto no qual vivia, Anne nos mostra, através de seu Diário, momentos de muita doçura, mas também de rebeldia, revolta, questionamentos, paixões, frustrações, raiva, enfim... conflitos comuns para uma menina daquela idade, mas que conseguia enxergar a vida de uma maneira muito bonita e esperançosa, ainda que estivesse vivendo os horrores da Guerra e da perseguição nazista. Acredito que escrever a ajudou a lidar com toda a intensidade das emoções e sentimentos que carregava e, possivelmente, isso contribuiu para que ela pudesse resistir dia a dia.
"O melhor de tudo é poder escrever todos os meus pensamentos e sentimentos: se assim não fosse, já teria sufocado completamente." (Trecho do Diário de Anne Frank)
O livro foi publicado graças a seu pai, Otto Frank, e talvez você aí, do outro lado da tela, que está lendo esse texto, saiba qual é o final dessa história. Porém, prefiro não contar aqui e deixo uma indicação para você que não conhece: leia o Diário de Anne Frank! Não gosta de ler? Assista aos filmes ou aos documentários que são facilmente encontrados na internet.
Não deixe de conhecer também (seja pessoalmente ou virtualmente) A Casa Anne Frank, um museu biográfico localizado em Amsterdam, no mesmo prédio onde Anne e outros judeus viveram escondidos. O site tem opção de tradução para diversos idiomas, dentre eles o português, o que facilita muito para conhecermos um pouco mais sobre Anne e sua família. Existe até mesmo a possibilidade de realizar um tour online pelo anexo secreto/esconderijo, conhecer os espaços e ouvir algumas histórias.
A história de Anne Frank é uma lição importante sobre respeito, tolerância, preconceito, resistência e diferenças. É admirável que uma garota tão jovem tenha sido capaz de lidar com as piores atrocidades já cometidas pelos seres humanos, sem perder seu brilho e vontade de viver. Espero que essa menina também te inspire, consiga te fazer refletir e desperte em você tantas coisas boas quanto despertou em mim.
Conhece a história de Anne? Já leu ou assistiu algo sobre ela? Ficou com vontade de conhecer? Deixe sua opinião nos comentários!
Obrigada por ler e até a próxima! :)
Acredita que nunca conheci o museu? As filas são quilométricas e é mo caro, mas um dia vou! Quem sabe um dia não vamos juntas? <3 maravilhoso seu post, Re
Nossa, eu sonho em conhecer, se fosse com você seria ainda melhor!
Obrigada, Bia! <3
Parabéns, seu post foi votado e compartilhado pelo projeto Brazilian Power, cuja meta é incentivar a criação de mais conteúdo de qualidade, conectando a comunidade brasileira e melhorando as recompensas no Steemit. Obrigado!
Obrigada!! :D
Umas das mulheres que mais admiro, já li o livro, assisti o filme e muitos documentários dela. Já tive a felicidade de ir ao museu também, e é incrível e intenso ao mesmo tempo. O bairro onde ela morava é cheio de historias também. Amei o post =)
Obrigada, Camilla! :)
Espero poder ver tudo pessoalmente um dia, o bairro, o museu, enfim... ta no roteiro de viagem!
Esse livro está na minha lista há anos. Mas dessa vez eu acho que vou conseguir ler porque minha cunhada comprou e já pedi emprestado hehehe..
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