Momento reflexão sobre a liberdade.
Direto do Túnel do Tempo
Bom, para contextualizar minha visão quase que profética, eu preciso descrever o cenário em que a mesma aconteceu. Meio que eu moro num bairro periférico de minha cidade, onde em frente a minha casa há uma fazenda.
Me recordo da época da minha primeira infância que por volta das 17 horas, era o horário da revoada das garças que ficavam ao longe, na fazenda. Eu sempre acompanhava esse momento (sempre que dava, claro!), pois para mim ele era único, pelo simples fato de que, eu sentia naquele momento que aqueles animais eram livres. Eu ficava tentando imaginar as aventuras que aquelas criaturas poderiam vivenciar por poderem ir para onde quisessem. Eu me lembro que eu tentava acompanhar as mesmas batendo os braços, como quem fosse sair voando por aí (coisas de criança).
Bom, mas e daí? Onde entra a liberdade?
Caros, hoje ao retornar do serviço me pego olhando para o horizonte, onde ao longe naquela mesma fazenda, me deparo com um grupo de garças voando, indo viver a vida delas (vida de garça). Depois dessa cena, me coloquei em profunda reflexão, sabe aquele sentimento da infância? Talvez naquela época o sentimento era de estar preso por ser criança e não poder ir e vir ou “fazer o que bem entendesse” já que é esse o sentimento que temos quando completamos 18 anos, já que antes dos 18, internalizamos que poderemos fazer o que quiser e quando quiser. O sentimento mudou, não é referente estar preso por não poder fazer algo, mas sim pelo simples fato de que ninguém é livre de verdade.
Nós todos temos uma ideia meio deturpada do “ser livre”, mas na verdade não somos de fato livres. Somos escravos de um sistema, que nos manipula, utilizando-se de ferramentas e mecanismos sofisticados, para que tenhamos a ilusão/sensação da liberdade ou que o que fazemos foi fruto do puro e livre arbítrio. Mas de fato, creio que não somos livres. Quer uma prova? Tente sair do sistema. A cada avanço que a sociedade moderna alcança, vemos que cada vez mais, é mais difícil se desvincular do mesmo. Um exemplo, a dependência que criamos dos nossos eletrônicos ou mesmo os meios de produção que são todos monopolizados. Pelo menos eu acredito que, não seja possível subsistir nos tempos atuais sem fazer parte do sistema. Simplesmente se não fizermos a engrenagem da sociedade rodar, morremos de fome ou a própria sociedade nos expurga. Não temos liberdade do escolher o que fazer, comer, vestir, etc.
Para finalizar, retornando ao exemplo das garças, elas vivem, elas são livres, elas voam, elas estão ali fazendo parte do ecossistema, seja controlando pragas ou alimentando algum outro bicho, mas de fato, elas vivem, elas fazem essas coisas de garça, a princípio não parece muito e se formos levar em consideração que elas também devem ter seus problemas de garça, mas ainda assim, não há fronteiras, não limites, não há restrições, não há privações, elas são livres.
A verdade é que hoje estou meio “conspiracionista”. Bom, e você caro leitor? O que acha a respeito? Concorda? Discorda? Esse já é aquele pedido despretensioso para que deixe sua opinião nos comentários :) :)
Parabéns, seu post foi selecionado para o BraZine! Obrigado pela sua contribuição!
Obrigado @brazine :)
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Obrigado pelo apoio :)
Parabéns @raphaelpereira pelo teu post. Abordastes muito bem o tema e expressastes o pensamento de muitas pessoas. A liberdade de uma pessoa que convive na sociedade humana é relativa e limitada pelas regras sociais, pela ética, pelas leis. E nossa libardade hoje esta ainda mais ameaçada por movimentos políticos de cunho marxista ou totalitário e que querem usar mecanismos de controle sofisticados sobre a vida dos cidadões.
Obrigado pelo comentário @alterbrandt. Que bom que gostou do texto, eu acredito em regras, até mesmo as garças, devam ter suas regras e diretrizes, o problema para mim, nasce naquele limiar onde essas regras se tornam controle, como foi mencionado no texto, algumas normas são implantadas em nossas cabeças e as tornamos verdade por consenso. Eu sei que a sociedade seria muito pior se tais regras não existissem, na minha concepção o problema nasce quando eu não posso simplesmente dizer que não quero fazer parte.
Existem dois tipos de pessoas no mundo. Aqueles que sentem-se presos pelas regras, rotina, obrigações e vêem no ambiente primitivo um refúgio para se afastar da nossa sociedade problemática.
Outros são aqueles que veem o primitivo como um risco de selvageria e irracionalidade, e sentem-se livres e protegidos sob regras, políticas e diretrizes que contenham a animalidade humana presa e suprimida.
Infelizmente cada um dos lados é a prisão do outro. Abraço.
Obrigado pelo comentário. Se tratando de pessoas, acredito que tenha muitos tipos, tem gosto pra tudo :)
congratulations nice sharing
Thanks Guy :)
Congratulations @raphaelpereira! You received a personal award!
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