Crimes misteriosos
Há milhares de casos de crimes e mistérios não solucionados pelo mundo e que, provavelmente, nunca serão, pelo longo tempo desde o ocorrido e pela inconsistência de provas. Trago aqui alguns desses acontecimentos perturbadores.
Dália Negra
Elizabeth Short foi uma jovem estadunidense que saiu de sua cidade, Massachusetts, para Los Angeles com a pretensão de se tornar atriz, mas foi brutalmente assassinada, em 1947, aos 23 anos.
Seu corpo foi encontrado em um terreno baldio, completamente dilacerado e entre diversos detalhes macabros do estado em que se encontrava, foram feitos cortes nas laterais de sua boca, formando o que chamam de “sorriso de Glasgow”, que denota grande sadismo por parte do assassino.
Um dos repórteres daquele tempo foi quem deu ao caso o nome Dália Negra, com referência ao filme Blue Dhalia e também porque Elizabeth tinha o hábito de usar no cabelo uma dália como adorno.
Na época o crime teve grande repercussão pela mídia, o que atrapalhou bastante as investigações e em meio a muitas teorias, nunca foi solucionado.
Hinterkaifeck
Hinterkaifeck, nome que foi incorporado mais tarde, era uma pequena fazenda localizada nas proximidades de Munique, na Alemanha, e onde ocorreu um dos crimes mais conhecidos por lá. Todos os moradores da propriedade, o casal Gruber, sua filha viúva, seus dois netos e a empregada, foram encontrados mortos de forma violenta.
Seus vizinhos estranharam a ausência dos fazendeiros por vários dias e foram até a casa, onde localizaram as seis pessoas mortas, algumas dentro da residência, outras no celeiro. Em geral, todos foram assassinados com golpes na cabeça com instrumento semelhante a uma picareta.
O mais intrigante é que os animais da fazenda foram mantidos vivos e alimentados nos dias que se seguiram às mortes e até a lareira foi mantida acesa. Foi excluída a possibilidade de roubo, já que grandes quantias de dinheiro foram encontradas na casa e, aparentemente, nada foi levado.
Até hoje há diversas especulações, desde vingança a eventos sobrenaturais, mas o responsável pela atrocidade nunca foi encontrado.
Taman Shud
O corpo de um homem foi encontrado em uma praia de Adelaide, na Austrália, em dezembro de 1948. De acordo com a perícia a causa da morte, muito provavelmente foi envenenamento, apesar de não terem conseguido identificar nenhuma substância em seu organismo que confirmasse isso.
Ele estava completamente vestido, com calça, sapatos, camisa, gravata e suéter, mas não portava nenhum documento que pudesse identifica-lo e tudo o que encontraram em seus bolsos foram bilhetes de ônibus e trem e um pedaço de papel impresso com a inscrição “Taman Shud”.
Posteriormente descobriu-se que esses dizeres foram retirados de um livro de poemas Rubaiyat do escritor persa Omar Khayyam e significa “finalizado”.
O caso Taman Shud teve repercussão mundial e contou até com a ajuda da Scotland Yard na tentativa de identificar quem era o morto, porém, suas impressões digitais e arcada dentária não foram compatíveis com nenhum registro investigado.
Surgiram testemunhos diversos na época e, talvez, o que mais teve relevância foi o de um homem que alegou ter encontrado no banco de seu carro um exemplar do livro em questão na noite anterior à descoberta do cadáver.
Após análise, verificaram que a parte que constava “Taman Shud” havia sido retirada e nas costas do livro foram anotadas letras que sugeriam um código e um telefone de uma ex-enfermeira que morava nas proximidades de onde o corpo foi localizado.
No fim das contas, nada disso contribuiu para a evolução do caso e, como todo mistério, surgiram inúmeras hipóteses na época e ao longo do tempo, mas nenhuma que apresentasse solução. Há quem diga até que o homem era um viajante do tempo e que, por isso, não havia registro dele em nenhuma parte do mundo e ninguém nunca o reconheceu.