O Cemitério de Dragões - A Chegada

O Cemitério de Dragões

Está anoitecendo, e finalmente chegamos ao famoso, perigoso e temido cemitério de dragões, são poucos os que se aventuram nas profundezas desse território e voltam pra descrevê-lo.

A única coisa que eu consigo ver são um território plano a perder de vista em todas as direções, e alguns monólitos distantes, o silêncio é ensurdecedor nenhuma criatura rastejando, voando, e nem mesmo árvores fazem parte da paisagem, conseguimos só ouvir e sentir o vento forte e cada vez mais gelado em direção oposta a nossa caminhada.

Dizem alguns rumores que o outro lado é onde fica o reino Renegado, onde todo tipo de coisa pode ser encontrada. Ser um nativo daquele território normalmente é punível de morte na minha terra, devido a algumas habilidades que eles desenvolvem por estar em um ambiente bem mais agressivo, só os realmente fortes e dignos sobrevivem, então são basicamente bárbaros sem nenhuma noção de ética, ou empatia. Sempre que percebem um viajante com costumes estranhos, logo ele é interrogado até confessar como veio de lá, e quando conta sobre tudo o que sabe daquele território, logo depois é executado, preservando a paz na minha terra natal. E mesmo os nativos de lá, pouco se aventuram por aqui, os poucos que foram capturados, sempre dizem que a travessia pelo mar é muito mais seguro que atravessar esse deserto rochoso e hostil.

Meu companheiros estão cansados, mas precisamos encontrá-lo. Nós lembramos claramente dele nos dizer para encontrá-lo aqui. O único problema é que esse lugar é absurdamente grande, e não sabemos o que pode habitar nesse território praticamente inóspito. Mas sei que estamos preparados com comida para vários dias.

Depois de muito diálogo, decidimos acampar por aqui, afinal caminhar a noite pode ser problemático para alguns membros da equipe. Procuramos mas não encontramos nenhum tipo de lenha para fazer uma fogueira.

Conforme vai escurecendo, o vento é cada vez mais gelado e é possível ver uma névoa surgindo sutilmente.

Combinamos de rotacionar e ficar sempre um de vigília, para evitar emboscadas, afinal quem seria louco de esperar viajantes para emboscada nesse território praticamente inóspito. O problema mesmo, foi pegar no sono com o barulho do vento uivando, e o frio quase insuportável.