Martin Scorsese e Michael Hirst vão produzir série sobre os Romanos

in #pt7 years ago (edited)

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Desde a sua estreia em 2013, a série Vikings, produzida pelo canal History, tornou-se um dos maiores fenómenos televisivos de sempre. A série foi vendida por todo o globo, incluindo grandes países como a China ou a Rússia, tendo atingido, só em solo americano, mais de 8 milhões de espetadores por episódio. Ao leme da série, desde o primeiro episódio, tem estado o produtor e guionista Michael Hirst, que escreveu igualmente The Tudors, série sobre o rei Henrique VIII que durou quatro temporadas e ganhou vários prémios. Como próximo desafio, Hirst irá unir-se a Martin Scorsese para juntos explorarem uma obsessão comum: os Romanos. Intitulado The Caesars, o projeto vai contar a história dos primeiros líderes da Roma antiga, começando pela subida ao poder de Júlio César. O episódio piloto já está escrito, assim como o esboço da restante primeira temporada. O plano passa por criar um drama televisivo de várias temporadas.

Michael Hirst.jpgImage Source

Em entrevista ao The Guardian, Hirst falou do seu entusiasmo em trabalhar com um dos realizadores americanos mais relevantes dos últimos 40 anos. “Ele gosta genuinamente daquele período e sabe muitas coisas acerca dele. Ele falou ao telefone com Justin Pollard, o meu conselheiro histórico, sobre fontes para as histórias e poesia romana”.

A série pretende dar uma nova visão sobre Júlio César enquanto jovem. Segundo o guionista, "Júlio César é geralmente retratado nos filmes como um homem de meia-idade que se debate com complexidades políticas. Mas ele foi incrivelmente interessante e ambicioso quando era mais novo. Muitos dos Césares chegaram ao poder ainda jovens, e nós nunca vimos realmente isso no ecrã. É a energia, a vitalidade, o excesso duma cultura que está a ser conduzida por pessoas jovens. Existe algo de muito impressionante na ascensão dum pequeno reino a potência mundial num curto espaço de tempo. Tal não teria sido alcançado por políticos velhos e cansados, e guerreiros esgotados”.

Scorsese já trabalhou com alguns dos atores mais conceituados do mundo, como Daniel Day-Lewis ou Leonardo DiCaprio. Quando lhe foi perguntado sobre o casting de The Caesars, Hirst afirmou que “um dos privilégios de trabalhar com este [Scorsese] é o facto dos atores quererem trabalhar com ele”.

Em Hirst, Scorsese encontrou um guionista capaz de transformar a História em dramas populares, como foi o caso de Elizabeth (1998), filme protagonizado por Cate Blanchett e nomeado para o Óscar de Melhor Filme. The Caesars será a oportunidade do cineasta norte-americano de mergulhar na história italiana, assunto que, desde muito cedo, lhe despertou enorme interesse. Este é mais um projeto que o realizador terá de encaixar na sua agenda sobrelotada, que já conta com a adaptação do livro de David Grann, ‘Killers of the Flower Moon’, e um filme biográfico sobre o Presidente Theodore Roosevelt. Leonardo DiCaprio, seu colaborador já habitual, vai participar nos dois projetos.

The Caesars começa a produção em meados de 2019, em Itália, o que indica que este poderá ser o projeto que se segue para Scorsese depois de dar os últimos retoques em The Irishman, filme que irá juntar Robert De Niro, Al Pacino e Joe Pesci, e que será lançado pela Netflix.

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Não sou grande fã dos "Vikings" mas esta irei ver assim que tiver oportunidade.

"De Niro, Al Pacino e Joe Pesci num filme do Martin lançado pela Netflix" ... ai está uma frase que não pensava ler tão cedo.

'The Irishman' será provavelmente um dos primeiros grandes passos para que o cinema passe a acontecer nas nossas casas, no nosso sofá, em plataformas como a Netflix ou Amazon. Por um lado, é bom, por outro lado, é mau, pois nada substitui a magia de ir ao cinema e olhar para um ecrã gigante.

Nada s+poderá alguma substituir a sala de cinema. Esperemos que possamos sempre ter as duas possibilidades.

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