E Eles Não Quiseram Morrer...
Por alguma razão, eles não quiseram morrer. Sobreviveram a muitas formatações e a uma tentativa que fiz de apagá-los definitivamente.
Então, coloco aqui alguns desses seres. Eles são de um tempo em que eu achava que um início bem criativo era suficiente para que cativassem quem os conhecesse.
Farpa




Devido à sua história e experiência de ir acumulando pouco a pouco, ele se tornou a maior criatura filtradora dos mares, isto é, comedora de plâncton. Assim, ele cresceu até ficar grande como uma ilha.
Devido à sua estrutura rígida e pele insensível, era possível até viver sobre ele como se ele fosse uma verdadeira ilha. Assim, ele se tornou a mais cobiçada ilha. Uma ilha capaz de sempre ir para os melhores lugares. Agora, o seu antigo dono, o mesmo que o tinha jogado fora, passaria o resto da vida tentando reavê-lo.
O Tubarão-baleia Branco

O cachalote também disse: “Mas, de qualquer forma, já é ruim mesmo, pois os tubarões-baleias são ridículos com essa roupa pintadinha”.
Então, as aventuras do filhote de tubarão-baleia começam quando – não conseguindo mais esperar para ver como ficará – ele resolve mergulhar até as profundezas para saber como seria sua aparência no futuro. Ele queria ver se seria tão ruim assim mesmo.
Uma Dupla Inusitada


Depois – em meio à confusão do ataque ao ninho – um passarinho filhote também cai.
Assim, o filhote de gambá e o filhote do passarinho ficam atordoados ali no chão até serem encontrados por um sujeito de bom coração (aquele tipo que nunca deixaria um filhote que caiu do ninho ficar abandonado para morrer). Porém, como qualquer pessoa, ele não levaria um filhote de gambá para casa.
Mas, quando ele pegou o passarinho, e já ia deixando o filhote de gambá sozinho, sentiu um desconforto. Pensou: “É certo levar o passarinho e deixar o gambazinho entregue à própria sorte só por que ele não é um bichinho fofinho?”. Então, ele acabou levando os dois.
Assim começaria a história de uma dupla inusitada…

Porém – apesar de toda a sua boa vontade com os porquinhos – o criador de histórias não teve nenhuma ideia para criar um personagem interessante naquela hora.

Então, olhando para as palavras no texto que lia, ele viu em algumas delas uma forma de não esquecer de um dia continuar com aquela ideia. Nas palavras no plural do texto, ele imaginou inúmeros porquinhos se esforçando para serem úteis.

Assim, ele garantiu que, sempre que estivesse lendo (o que fazia sempre), veria palavras no plural e lembraria de seu compromisso com os pobres suínos.
Muito tempo se passou, e – mesmo com aquele lembrete criativo – ele não teve nenhuma ideia. Até que um dia, quando estava lendo sobre a origem do universo, algo bastante interessante surgiu.

Ali estava uma ideia. Nos fótons – que viajam na velocidade da luz e que não possuem massa – estava o protótipo para o novo personagem.
Era engraçado o porquinho carregando algo sem peso e na velocidade da luz. Assim surgiu Éterlum...
Perdidos no Fim

Eles ficariam na caixa no fim, e quando a história acabasse, sairiam para continuar a história como quisessem. Mas como a caixa ficava no instante que a história acaba (quando o tempo pára) eles tinham que manter um diálogo para o tempo não parar. Deviam ter sempre algo interessante para dizer. Mas, ironicamente, nunca consegui nenhuma boa ideia para o padrão das falas ou personalidade deles.
HQ Sangrenta

Esta é uma historia de quando imaginei criar uns quadrinhos que retratassem o quão misteriosos são os pensamentos em nossas cabeças.
Nos quadrinhos, os pensamentos seriam representados de forma a sugerir uma existência fora do mundo material.
No fim, me pareceu que os pensamentos compunham o sangue da realidade.
Logo, comecei a pensar numa forma de descobrir onde a realidade sangra.
Excluídos do Futuro


Estes são personagem que surgiram quando imaginei como seriam uma das raças de humanos do futuro.
Num ambiente sem nenhuma gravidade, eles não precisariam mais de pés. Seriam seres feitos para navegarem num mundo tridimensional. Um mundo com muitas coisas para pegar.

No caso, estes seriam os excluídos do futuro, pois seriam a evolução dos que vivem em estações que não podem produzir gravidade artificial.
A Ampulheta

O personagem desta história deveria encontrar a maior e mais precisa ampulheta já construída, pois – conforme a lenda – nesta ampulheta existia a mais pura e homogênea areia. Esta areia teria propriedades especiais. Mas quando ele encontrou a grande ampulheta, uma imagem pressagiou onde tudo aquilo o levaria...
A Canguruzinha


Esta história começa quando aquela moça que invadiu um pomar para furtar frutinhas deliciosas (e especiais) é surpreendida pelo dono do pomar. Conta-se que ele já matara alguém só por entrar no seu pomar para pegar frutas.
Surpreendida, a menina usa sua mágica para se fantasiar, e pergunta para ele: “Você atiraria numa canguruzinha?”. Ele, encantado, tenta ser engraçado, e coloca as espingardas debaixo do braço e diz. “Não, o canguruzão não mata ninguém...”. O seu capanga que estava com um bastão, também, resolve brincar: “O tiranossauro, também não.”
Logo, usando a sua magia, ela os faria duelarem.
Seria a rapidez para sacar as espingardas versus a rapidez para soltar uma porretada.
Um Cara Estranho




Fim
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