História de uma vida, ou de um dia da vida. Mais exatamente noite.

in #pt7 years ago

Olá,

Esse post será uma mistura de história e desabafo.

Venho tendo uma certa falta de criatividade no que se refere aos meus posts. Se observarem, passaram-se alguns meses que não posto nem uma foto se quer. As receitas não estão sendo produzidas (os posts, porque produzidas estão para eu comer, heheh) as análises do cotidiano não estão sendo postados e nem as fotos engraçadas estão sendo postadas.

A ferrugem na parte criativa está tão grande que o primeiro parágrafo que eu escrevi, achei repetitivo, não acharam?
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(Imagem retirada da internet)

Mas vamos passar o WD-40 nessa ferrugem e vamos escrever sobre a História da Vida (resumida em algumas horas que englobam uma imensa parte da noite).


A título de informação.

WD-40 é um antigripante que não é vacina antigripal. Eu como ciclista peço que não usem na corrente da bike. Ela vai secar e estragar. O WD-40 é uma fórmula de impermeabilizador (water-displacing), que no início lubrifica, mas é feito mesmo para repelir água. O número 40, é referente ao número da tentativa de produção dessa fórmula até o acerto. Igual a história do 14 Bis e Apolo 13.


Dada essa dica, vamos para a história. Bom, hoje decidi voltar a escrever aqui no Steem. Pensei no que escrever. Não vinha nada. Estou passando por um período que a criatividade saiu do prédio. Botei em negrito a parte do "a criatividade saiu do prédio" que vem daquela frase em inglês "... has left the building" que quer dizer que acabou, saiu fora, etc. Além do porque eu devo usar algumas vezes mais pela frente.

Não é um caso de falta total de criatividade. Sábado retrasado foi o casamento do príncipe Henry. Como existem pessoas que vão pescar, vão jogar futebol, vão comemorar uma nota boa na prova, vão comemorar uma vitória do time do coração ou mesmo da seleção, como motivo para ir beber. Utilizei essa oportunidade e fui comemorar o casamento do filho mais novo da princesa Diana.

Nesse dia, acordei cedo pois a minha startup estava promovendo um curso em Vitória, eu moro no Rio e estava no Rio nesse dia, mas acordado e já trabalhando para que tudo desse certo. Meu amigo me ligou (só uma prévia, ele é proibido de me ligar antes das 11 da manhã. Antigamente era 12, mas estou mais tranquilo nesse horário) e disse: E aí? Eu sabia que você ia assistir ao casamento e por isso liguei.

-Tô acordado por causa do curso e coincidentemente acabei de ligar a tv.

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(Foto particular)
Tirei a foto e enviei nos grupos do Whats e para os amigos com o texto: "Não me chamem para beber, estou num casamento e volto só segunda. Se você acha que estou tirando foto da TV, só por causa do escrito SONY. Sai para lá invejoso (a)."

Na realidade, essa foi a parte que eu consegui ver devido ao horário que liguei a tv.

Mas aí ele falou para arrumar duas bandeirinhas da Grã Bretanha, para colocar no opala dele, já que ele queria dar uma volta de opala. Só que ele falou contando com a minha preguiça matinal que não me deixa sair de casa e que mesmo para trabalho eu tenho que levar pelo menos 1 hora até sair de casa.
Como eu já estava acordado havia mais de 1 hora, eu já estava ligadão e sem nenhum obstáculo para sair de casa. O que fiz? Resolvi minhas coisas, saí para o Saara e fui procurar a danada da bandeira da Grã-Bretanha. Cheguei lá e fui andando por um lado, até o final da rua, depois fui para outra rua, andei até o final. Não era aquela coisa de homem que não pergunta. Tenho esse defeito sim, mas sou preguiçoso e a preguiça ganha nessas horas. Sou ciclista e não gosto de andar e eu andei.

Andei.

Andei.

Rodei aquela #@$%/& do Saara toda.

Quando tomei a reta para ir embora...

Achei a loja que havida colocado todas as bandeiras que estavam penduradas nas ruas.

Lá tinham. Ufa, a brincadeira da comemoração está de pé. Não que o passeio de opala já não valesse a comemoração, mas as bandeirinhas seriam uma pimentinha a mais. E foram.
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(Foto particular)
Aqui estávamos vendo de dentro do opala as bandeirinhas flamulando, pois, o dia estava com bastante vento.

A coisa mais engraçada é que paramos num local a céu aberto, ficamos batendo papo quando caiu o mundo de água.
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(Foto particular)
Meia hora depois, depois de ter molhado tudo, até a cueca, fui tirar a foto do carro para mostrar pra todos como esse Sr. de 40 anos (o Opala é de 78) estava aguentando dois patetas e uma chuva torrencial. Digo que o carro está tão novo que não entrou uma água nele.

Mas peço desculpas, me estendi no papo e não fui para o ponto correto. Quero falar de ontem e não de sábado retrasado.

A estória começa de forma muito parecida. Hoje é dia de Corpus Cristi, por isso é feriado e assim, fez como se a quarta-feira virasse uma sexta-feira e como acontece nas sextas, eu estou tranquilo no dia e esse meu amigo do opala me liga para darmos uma volta de opala. Só que o normal é ele ligar por volta das 2 da tarde e saímos umas 4 da tarde para o rolé.
Dessa vez? Era meio dia em ponto e ele ligou. "Fabio, já arrumei tudo no escritório, não tenho mais nada para fazer, vou almoçar rapidinho e passo aí para te buscar!" Falou ele.
Ok, afinal eu já estava mesmo com tudo organizado para não ter que fazer mais nada desde a segunda-feira de greve dos caminhoneiros.
Saímos com a caixinha Bluetooth e uma bateria extra para ela. Algumas goras mais tarde, fomos para outro lugar, encontrar a família dele, comer algo e parti para uma comemoração de despedida de uma amiga que saiu do escritório onde a maioria dos meus amigos trabalham.

Ah. Esqueci de dizer. Esse meu amigo mesmo havia sugerido de eu levar a minha bike dobrável para que eu pudesse voltar para casa. Aproveitei e utilizei como meio de transporte para encontrar o pessoal.
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(Foto particular)

O encontro com o pessoal foi num bar que tem karaokê em Botafogo. Cheguei uns 5 minutos antes de todos, fui na porta e, educadamente, perguntei para o segurança se teria como deixar a bike dentro pois não sou muito fã de deixá-la na rua.

Ele muito sucintamente respondeu: "Não. Não tem onde deixar a bike aqui dentro"

Informei a ele que seriamos umas 15 pessoas, que o pessoal já deveria estar para chegar aí o segurança fez o belo gesto de, Que se &@#%.
Assim:
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(Imagem retirada da internet)

Mandei a informação de que não queriam que eu prendesse a bike dentro, montei na bike e parti para o boteco mais próximo para comprar um maço de cigarros, pois haviam me pedido.

Sei, fumar faz mal, propicia o câncer, mata, mau cheiro e etc... Não recomendo a ninguém.

Para o segurança ficou aquela de que o cara foi embora porque não pode botar a bike dentro.

Recebi a ligação da minha amiga perguntando para onde eu fui e que era para eu voltar porque ela já havia falado com o gerente e a bike estava autorizada a entrar.

Voltei, prendi a bike num canto, onde caberiam mais umas 8 bikes e que a área não é utilizada pela casa. Fomos bebemorar, jogar sinuca e passar vexame cantando.
Não gostei do local.

  • Primeiramente, entendo a parada da bike mas aquele "Que se..." não foi bem recebido. Ele poderia falar que ia ver com o gerente, me enrolar e falar que infelizmente não poderia. Isso não mancharia a imagem da casa nem dele.
  • Segundo, a cerveja estava cara. Tenho uma teoria sobre o que é caro e o que é barato que sigo muito. Na foto do opala molhado, estávamos num bar. O tempo estava ruim, mas a pouca vista que deixei na foto fala por sí. O local é lindo e tem uma ótima energia. O preço da mesma cerveja está igual ao preço nesse bar.
    Olha a foto do local. Há uma menina cantando e olhem a vista do local.
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    (Foto particular)
    O que é caro, independentemente do valor pago, é o que não propicia o resultado desejado. O barato é aquele que dá o resultado a mais que o esperado.
    No caso das cervejas, o local era ruim, mal iluminado, não tinha uma boa energia e a cerveja não ia dar a felicidade desejada.
  • Terceiramente, para tudo que você quisesse, tinha que pagar antecipadamente. Estávamos sentados na frente do bar, mas mesmo assim, tínhamos que pagar a cada cerveja que pegássemos. Ok pelo fato de ter que levantar e ir pegar a cerveja, mas não abrir uma conta. Existem várias formas de você se respaldar, pega nome, tem locais que pedem a calção de um documento e por aí vai.

Tinham mais alguns pontos negativos e positivos. A rua em que fica é tranquilíssima e a casa é linda. Amo arquitetura antiga.

Daí, fomos para o baixo botafogo. Pegamos o segundo bar, sentamos, bebemos, comemos, nos divertimos muito e daí, passou uma menina panfletando sobre uma casa de rock, o flyer dava desconto na entrada e uma caipirinha. Eu estava de bike e assim, o caminho de volta já era partindo de botafogo mesmo, fomos para lá. Prendi a bike na frente do local, não sem tentar colocar para dentro, mas ali é um local que tem muita gente e seria difícil tentarem fazer alfo com a bike ou mesmo tentar levá-la. Tanto que quando eu saí, o segurança falou que a bike estava ali do jeito que eu coloquei e que ninguém mexeu nela.
Lá dentro, começou a minha falta de criatividade. Está ok, a essa hora, eu já havia bebido desde as 2 da tarde e já se aproximava das 12 horas de baratona.


Lembramos que BARatona, não é barata grande. É uma junção da palavra BAR com marATONA. Que é utilizada para falar de ocasiões onde as pessoas vão de bar em bar circulando pela cidade tipo uma maratona. Mais ou menos como eu estava fazendo, mas eu estava de bike.

Lá na casa do rock, eu estava batendo papo, rindo, balançando de um lado para o outro na pista de dança, quando tinha aquela gatinha, que olhou, deu todas as dicas de que estava aberta para conversar, chegou mais perto e

A criatividade saiu do prédio.

Aproveitei essa auto vergonha, "peguei o banquinho e saí de fininho". Paguei a conta e fui embora.

No caminho de casa, como essa bike tem um jeito peculiar de pilotagem e estou meio que acima do peso, passei numa parte de paralelepípedos na velocidade. Pronto, a bike furou o pneu.

Era o que eu precisava.

Ontem mesmo, do nada, meu calcanhar amanheceu doendo e assim, eu mancando. Eu estava há uns 3 ou 4 km de casa.

A bike é dobrável e cabe em qualquer carro!

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(Imagem retirada da internet)

Mas eu estava com fome e próximo de uma lanchonete de esquina que eu já pretendia parar para fazer o lanche da madrugada.

Então:

Fui andando.

Sem mancar, pois, eu estava na rua, de madrugada, numa área não muito segura, com a minha bike.
Pensei que a bike, o cara ia ter que querer muito ela, porque estava com o pneu furado, mas tinha carteira, celular e o mais importante, a minha vida.

Cheguei lá na lanchonete, vi aquele pedacinho de pizza cansado no mostruário e perguntei se ia sair pizza nova. O atendente respondeu que não ia sair mais pizza.

A criatividade saiu do prédio.

Eu poderia comer hambúrguer feito na hora, sanduiches, tapioca, omelete, batata frita, etc.

Mas o que foi que fiz?

Continuei caminhando para casa, para ver se eu encontrava algo de interessante para comer.
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(Imagem retirada da internet)

Foi quando cheguei numa padaria 24hs, e a criatividade deixou o prédio pedi um misto quente e um refrigerante desses que você pede e não te perguntam se pode ser.
Comi, e continuei minha peregrinação para casa, já que eu estava relativamente próximo de casa e não havia táxi próximo.

Quando, mais a frente, 4 moleques de rua vieram na direção contrária, um pediu meu refrigerante, falei que acabou e o outro pediu para dar uma volta na bike.
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(Imagem retirada da internet)

A criatividade saiu do prédio.

Respondi tranquilamente para ele: A bike está com o pneu furado.

Chegando ao meu condomínio, o porteiro falou que de bike eu deveria entrar pela garagem. Correto! Mas...

A criatividade saiu do prédio.

Falei pra ele que a bike havia furado o pneu e ele me perguntou Por que eu não peguei um taxi?

Respondi que era por que eu queria comer.

Mas e aí? Você não acha que eu poderia ter pego um táxi e comido próximo de casa?

Aqui tem muita opção de podrão.


Para quem não sabe, podrão é o apelido dado inicialmente para os hot-dogs de rua que vem tudo e ovo de codorna. Hoje em dia é utilizado para chamar todos os tipos de sanduíches feitos por ambulantes.


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