Aquilo que se faz por amor está sempre acima do bem e do mau.
Essa me disseram que é polêmica por alguns motivos. Entendo e concordo! Não vou adiantar o motivo das polêmicas, que é pra por conta de casa um que enxergar ou não enxergar. Nietzsche realmente não fazia por menos!
Mas fiz mesmo essa tirinha pensando em um outro sentido. As outras pessoas e a sociedade de modo geral sempre nos dão motivos para fazer ou não fazer algo. E os motivos da ordem coletiva ou interpessoal sempre são por algo que vai além de mim e sempre quando algo vai além de mim podemos falar em bem ou mau. Os afetos não se opõem à este aspecto da coletividade, que não deve ser ignorado, mas que também não pode nos limitar. E o que nos leva para outra dimensão dos motivos que nos fazer ter porquê agir no mundo são nossos afetos. Os afetos que Espinoza diz serem a fonte de motivação para estar ativamente no mundo.
Nietzsche possivelmente pensou no lado mais ordinário do bem e do mau - a relatividade. Se fizéssemos somente para ser bom certamente não conseguiríamos sermos bons para tudo e todos. E se fizéssemos pelo mau... o que é mau? Não quero insinuar que não devemos considerar o que é mau para nós mas, o que quero dizer é, o que é conceito do mau? E, igualmente, o que é o conceito do bem?
Boas questões! Pra mim, tudo acaba por partir do senso comum e, por conta disto, cada povo terá uma "verdade". Aí deixo outra pergunta: é possível que a motivação de se fazer pode ser só o amor?
Pergunto isto porque imagino uma situação extrema como matar uma pessoa que está atacando um parente muito querido pra gente. Claro, como seres complexos, seria possível ter o amor como motivação principal? Ou o principal seria a primária sobrevivência/perpetuação da espécie/comunidade?
ptgram power
Oi @tmarisco!
Dando minha opinião sobre sua pergunta: acho que não. As motivações podem vir de tantas, tantas fontes. A emoção motiva a ação mas o pensamento da força de vontade também, por exemplo.
Mas a questão que você levantou foi o alvo da polêmica dessa frase de Nietzsche, realmente. Difícil definir amor, mas acho que na frase dá pra entender como parte dessa fonte primária que você diz de motivação, aquela mais instintiva, da ordem da vontade do ímpeto. O amor nesse sentido não tem nada a ver com o conceito romântico, está mais para essa vontade que faz fazermos coisas até mesmo que possam causar mau aos outros.
Parabéns, seu post foi selecionado pelo projeto Brazilian Power, cuja meta é incentivar a criação de mais conteúdo de qualidade, conectando a comunidade brasileira e melhorando as recompensas no Steemit. Obrigado!
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