Entendendo os 10 Primeiros Graus da Maçonaria

in #pt7 years ago

Muitas pessoas assim como eu tem muita curiosidade de entender e saber o que é a maçonaria, recentemente tenho estudado a possibilidade de aderir essa filosofia e arte. Acredito que a primeira coisa é saber mais sobre essa instituição e seus graus.

O objetivo da maçonaria é polir o homem, assim como se transforma uma pedra bruta em uma pedra cubica ou polida, podemos entender que isso significa transformar um homem e seu caracter. Para a construção desse post estarei usando como referencia o livro maçon "Como

"O que deve saber um Mestre Maçom, Papus,14.ed, São Paulo, Pensamento, 2011 (Coleção Biblioteca Maçônica Pensamento). Rito de passagem, Claudiney Prieto,2004."

A maçonaria funciona de uma forma aparentente simples, seus ritos acontecem de forma progressiva, muitas pessoas não entendem isso, porem existem muitas vantagens para esse tipo de funcionamento. Assim como na faculdade voce nao pode simplesmente avançar de qualquer forma por que voce previamente precisa ter um determinado conhecimento na maçonaria não é diferente.

INICIAÇÃO:

Na maçonaria toda passagem é feito através de um ritual, assim como voce se casa (um ritual) para marcar uma nova etapa na sua vida, ou uma formatura (que não deixam de ser um ritual). Da mesmo forma, de um ponto de vista alegórico a maçonaria se utiliza de um ritual. A iniciação serve exatamento para isso e é marcado por um rito.

GRAU 1: APRENDIZ

-O aprendiz deve acima de tudo saber aprender é o primeiro grau aonde o aprendiz aprenderá o simbolismo maçom. Aprende também a posição e função de cada um no tempo buscando sempre o abondono de vícios e aquisição de virtudes. Para muitos maçons esse é o grau mais importante.

GRAU 2: COMPANHEIRO

-O grau de companheiro proporciona ao maçom um excepcional conhecimento do simbolismo maçom, alem de avanço ritualisticos e desenvolvimento de carater.

GRAU 3: MESTRE

-Chamado grau da plenitude maçonica, no ambito da plenitude maçonica (lojas simbólicas). É o grau mais elevado que permite ocupar qualquer cargo. O mestre possui conhecimento de história e conhecimento dos objetivos maçonicos.

GRAU 4: MESTRE SECRETO

-Nesse grau o maçom aprende outros conhecimentos e nesse grau ele aprende a virtude do silêncio. Avança dramasticamente na simbologia e nos conhecimentos usados na simbologia em geral.

GRAU 5: MESTRE PERFEITO

-Aprende-se a meditação interior. Aprende-se nesse grau o respeito por grandes homens da maçonaria e completa os conhecimentos anteriores.

GRAU 6: SECRETARIO INTIMO OU MESTRE POR CURIOSIDADE

-É dedicado a necessidade de buscar conhecimento, sem o qual não ha progresso, contudo, adverte para a vâ curiosidade, capaz de gerar maleficios. Investiga-se a miséria social e a maneira de como combate-la dentre outas coisas.

GRAU 7: PREBOSTE E JUIZ OU MESTRE IRLANDÊS

-Neste grau estuda-se equidade, os princípios da justica o direito natural e os principios éticos da liderança.

GRAU 8: INTENDENTE DOS EDIFICIOS OU MESTRE EM ISRAEL

As grandes construções relacionadas no Antigo Testamento, realizadas por Salomão, como por exemplo, a Casa do Rei e o Templo de Jerusalém, haviam terminado. As obras estavam prontas. Ocorre que o povo judeu não possuía uma cultura ligada à arte da construção civil, uma vez que, em sua maioria, eram agropecuaristas. Salomão pensou então em criar uma Escola de Arquitetura para instruir os judeus no ofício desta arte, até porque Salomão tinha interesse em criar outras construções, dispensando o concurso de estrangeiros, que eram mais caros e mesclados com o povo judeu; alteravam-lhe os costumes sociais e religiosos.

É importante salientar que muitos dos estrangeiros que vieram para a construção da Casa do Rei e do Templo de Jerusalém havia durante os 27 anos que duraram as obras, constituído família e fixado residência em Jerusalém. Dentre os Prebostes e Juízes foram selecionados os Intendentes dos Edifícios.
O Grau é transmitido por comunicação.

Dedica-se a combater a hipocrisia, ambição e ignorancia.

GRAU 9: MESTRE ELEITO DOS NOVO

-O Muito Poderoso Mestre, que representa Salomão, dá com o cabo da Espada um golpe iniciando os trabalhos. A cadeira está vazia e coberta de negro (Hiram foi assassinado). Os presentes são reconhecidos pelo Segundo Vigilante (Stolkin) com Cavaleiros Eleitos dos Nove. O questionário de abertura dos Trabalhos, envolvendo o Muito Poderoso Mestre e o Segundo Vigilante, mostra a lenda envolvendo o matador de Hiram e a morte do primeiro assassino. Apresenta-se a Salomão um desconhecido que diz saber da presença dos três assassinos de Hiram. Informa o desconhecido que, próximo a Jopa, existe uma caverna cercada de espinheiros, onde passa uma fonte de água, na qual foi o seu cão saciar-se. Seguindo o cão, viu a caverna iluminada por tênue luz onde estavam os assassinos. Salomão, por sorte, escolhe nove Mestres para, juntamente com o desconhecido, irem à caverna trazer os criminosos. Durante a viagem a Jopa, Joabem, um dos escolhidos, adianta-se na caminhada e chega antes à caverna, onde um dos assassinos dormia, tendo aos seus pés um punhal. Joabem apunhala o assassino no coração e arranca a sua cabeça para levar a Salomão. Após isso lava as suas mãos na fonte de água e bebe alguns goles. Exposto o ato a Salomão, este a princípio o condena, pois repudia a vingança e queria julgamento justo. Joabem é censurado, mas o grupo intercede em seu favor. Salomão o perdoa e dá a todo o grupo o título de Mestres Eleitos dos Nove. Para iniciar-se no Grau de Cavaleiro Eleito dos Nove, o Intendente dos Edifícios, Grau 8, bate às portas do Templo, candidatando-se à Eleição. Durante o desenvolvimento do Ritual de Iniciação ao Grau 9, Cavaleiro Eleito dos Nove, desenrola-se o psicodrama da parte da Lenda de Hiram acima resumida. O Grau revela a ignomínia da vingança pura e simples e revela ao Iniciado a importância da razão no comando dos sentidos. O desconhecido representa a razão; a Loja dos Eleitos dos Nove, os sentidos; e a caverna, o inconsciente. Para o desenvolvimento do Ritual, todos os Irmãos estarão trajados de preto. Este Grau é igual ao Grau 4 do Rito Moderno.

GRAU 10: MESTRE ELEITO DOS 15

-Cada grau da Loja Capitular tem um título que ilustra o conjunto de conhecimentos iniciáticos que serão ministrados ao Irmão elevado. O grau dez é chamado O Ilustre Eleito dos Quinze, pois da mesma forma que os graus anteriores ele trabalha com alegorias baseadas no simbolismo da Lenda de Hiram Abif, esclarecendo o destino e o castigo dado aos outros dois Jubelos, já que no grau nove, como vimos, um deles foi morto por Johaben. O grau dez tanto pode ser ministrado por comunicação como por elevação. Depende do desenvolvimento curricular de cada Loja. De forma geral, ele tem como finalidade didática desenvolver os seguintes ensinamentos: - Promover o desenvolvimento moral e espiritual do iniciado, para que ele seja devidamente integrado no seio da sociedade a quem serve, e reconhecido pela Fraternidade á qual pertence. - Promover o estudo das relações humanas e a melhor forma de implantá-las, tanto internamente, na Ordem, como no mundo profano, em relação á sociedade. - Reforçar o espírito de vigilância, como foi pregado no grau anterior. Como se verá, é no grau dez que será esclarecido o destino dos outros dois Jubelos. A lenda diz que seis meses depois da morte do primeiro assassino, cujo nome era Abiram, Salomão foi informado por um estrangeiro de nome BenGaber, do paradeiro daqueles assassinos. Eles estavam escondidos no país de Gheth, trabalhando numa pedreira. Imediatamente, Salomão convocou quinze Mestres, entre os quais os nove anteriormente eleitos, e os enviou em embaixada, sob o comando de Zerbal, com uma carta ao rei daquele país, solicitando a prisão e a deportação dos criminosos. Presos os criminosos, foram eles sentenciados e executados. A iniciação nesse grau é uma representação dessa ação, onde novamente se destaca que a sentença proferida e a execução realizada não tiveram caráter de vingança, mas sim como realização da Justiça. Essa disposição está contida no diálogo mantido entre o M\IL\M\ e Zerbal: -Que sucedeu depois? Pergunta o M\IL\M\Por ventura fizestes justiça com as próprias mãos? Pois as evidências que apresentais, trazendo os instrumentos usados pelos criminosos na prática do crime, levam-me a essa suspeita. Responde Zerbal: - Não, Mui IL\M, vossa suspeita não é verdadeira. Nós o trouxemos e os colocamos no cárcere, em celas separadas, e dali saíram para enfrentar os juízes no Tribunal. Tiveram um julgamento justo e foram considerados culpados, sendo então executada a sentença contra eles proferida. Por fim, suas cabeças foram decepadas e espetadas nas portas da cidade, para servir de exemplo a outros malfeitores. Os instrumentos por eles usados- o Esquadro e a Régua- aqui estão. O ensinamento inscrito nessa alegoria é claro: Justiça sim, vingança nunca. Isso porque a justiça é a recompensa que se dá como paga a um comportamento, seja ele mau ou bom, conforme a valoração que a sociedade lhe dá. Se a determinado comportamento, extremamente ofensivo, impossível de ser recomposto pelos violadores, se dá a morte como recompensa por esse ato, essa é a justiça que aquela sociedade definiu para tal caso. A pena de morte, nesse caso, é a forma de Justiça que aquela sociedade elegeu e não cabe a outras pessoas, além dos membros daquela sociedade, discutir se ela é justa ou não. É claro que á nível conceitual, justamente por se tratar de conceitos, esse é um assunto que merece reflexão. No atual estágio da sociedade é altamente duvidoso que a morte do violador possa se constituir em recompensa eficaz para devolver o equilíbrio da ordem violada. E essa é a diferença que vemos entre a Justiça , como forma de recomposição do equilíbrio da ordem violada e a vingança. Esta última, ditada exclusivamente pelo ódio, constitui exercício arbitrário da razão do ofendido, aplicada sem nenhum critério, sem nenhuma análise e sem nenhum sentido moralizador. Daí essa pena, como forma de recompensa pelo mal feito, acaba se equiparando ao próprio crime que visava punir. Todavia, nas primeiras etapas do desenvolvimento das sociedades humanas, a pena de morte, conhecida como “Pena de Talião” era aceita e reconhecida como eficaz para recompor a ordem social violada.

Estarei trazendo os outros graus da maçonaria em outro post para que não fique uma leitura cansativa... vejo vocês.

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