[Portuguese Version] O impacto da tecnologia na sociedade | Capítulo II – Será que a tecnologia é prejudicial para as crianças?steemCreated with Sketch.

in #portuguese7 years ago

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Será que a tecnologia é prejudicial para as crianças? Cada vez que coloco esta questão a amigos e familiares, a resposta costuma ser “sim, sem dúvida alguma”. Mas de onde vem esta afirmação tão convicta? Será que é mesmo este o caso? Hoje gostaria de falar um pouco sobre o assunto visto que considero o mesmo da extrema importância. Afinal de contas, as crianças são o nosso futuro e é da nossa responsabilidade guiá-las da melhor maneira.

Confesso que não tenho filhos, portanto não consigo dar uma opinião sobre este assunto como um pai. No entanto, penso que as consequências da utilização da tecnologia por crianças, sejam elas positivas ou negativas, acabam por refletir, em parte, o tipo de educação que os pais dão aos seus filhos face à própria tecnologia. O que é facto é que este cenário digital é muito recente, e é possível que muitos pais ainda não saibam lidar muito bem com esta nova realidade.

Uma abordagem negativa


No outro dia, eu estava no metro quando reparei numa criança que devia ter os seus 4 ou 5 anos, sentada no seu carrinho de bebé a jogar num smartphone. Eu achei a situação bastante peculiar visto que era muito evidente que a sua mãe não se queria “chatear” com a criança, por isso deu-lhe o smartphone apenas para ele se entreter. Eu não acredito que uma criança daquela idade deva estar exposta à tecnologia, de todo. Penso que estas são idades fulcrais para as crianças visto que nesta altura as mesmas deviam estar a descobrir o mundo através dos seus olhos e aprender pela sua experiência, e o ato de jogar num smartphone acaba por dificultar esse processo. Este é um exemplo de uma postura por parte dos pais que poderá vir a provocar consequências negativas nas crianças, face à tecnologia. Mas o que aconteceria se os pais tivessem o cuidado de guiar os seus filhos pelo mundo tecnológico?

Uma abordagem positiva


E se os pais controlassem os conteúdos e o tempo que os seus filhos passam em frente a dispositivos tecnológicos? E se os pais expusessem os seus filhos apenas a tecnologia com foco na educação? Afinal de contas, a tecnologia pode ser uma grande ferramenta de aprendizagem para as crianças, e existem cada vez mais softwares e hardwares direcionados para este efeito. Eu penso que esta abordagem pode ter um impacto muito grande na educação dos mais novos.

O vídeo seguinte ilustra muito bem como é que a tecnologia pode ser utilizada na educação. Este youtuber, conjuntamente com a sua filha de 8 anos, esteve a experimentar uma ferramenta tecnológica muito interessante, que visa ensinar os mais novos a programar de forma divertida e com resultados imediatos. Eu considero esta abordagem bastante gratificante porque uma das grandes vantagens de aprender a programar é o desenvolvimento do raciocínio e pensamento crítico.

Afinal a tecnologia é prejudicial para as crianças?


Sinceramente, a tecnologia pode ter consequências negativas ou positivas nas crianças, depende muito da abordagem. Não nos podemos esquecer que a tecnologia é apenas uma ferramenta, portanto, os resultados da sua utilização são da responsabilidade do utilizador. Por exemplo: um machado tanto pode cortar lenha como pode decapitar pessoas. Mas não seria ridículo culparmos um machado por ter decapitado a pessoa? É um facto que a tecnologia é uma ferramenta que permite fazer muito mais do que um machado, no entanto, o princípio continua a ser o mesmo. Por isso, respondendo à pergunta, a tecnologia tanto pode ser prejudicial para as crianças como pode não ser, depende de como elas a experienciam.


Imagem 1 | Fonte


Obrigado por lerem!


Este post acabou por se focar bastante na importância dos pais na educação dos filhos face à tecnologia, e eu sei que esta não é a única variável que pode impactar uma criança pela negativa. O ambiente vivido pelas crianças na escola e noutros meios sociais também podem influencia-los de certa maneira, e a realidade é que há cada vez mais crianças com acesso à tecnologia cada vez mais cedo. Estes aspetos não podem ser controlados pelos pais a 100%, mas acredito que se os miúdos forem bem educados em casa, no futuro estes terão menos probabilidades de obter repercussões negativas face à tecnologia.

E vocês? Qual é a vossa opinião sobre este tópico?


Gostaria mesmo de obter feedback de pais sobre este assunto, de forma a percebermos se esta é realmente a melhor a abordagem que devemos ter com o futuro da humanidade.

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Se tiverem alguma questão ou feedback, sabem o que fazer!
Se quiserem saber mais sobre mim e sobre o meu trabalho, passem pela minha página do Steemit!

Até breve,
Shaden

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Pessoalmente penso que nenhuma tecnologia ou instrumento criado pelo homem pode ser considerado intrinsecamente bom ou ruim. Tudo vai depender do bom uso que se for fazer daquilo. Por exemplo, pra quem usa a tecnologia pra ficar viciado em jogos ou pornografia, está fazendo um péssimo uso dela. Porém se vc usa ela pra adquirir conhecimento, aprender línguas, ciências e coisas novas, aí obviamente que o uso é beneficial.

Concordo plenamente. E devo dizer que a tecnologia é uma ótima ferramenta de aprendizagem. Se pensarmos bem, antes da internet, precisavamos de ir a bibliotecas se quisessemos aprender algo mais. Hoje em dia qualquer pessoa pode começar a programar, aprender design, fotografia, video, ciência, psicologia... tudo isto à distância de um click! Agora claro que isto só é possível se a pessoa que estiver a utilizar a tecnologia assim o quiser.

Muito obrigado pela opinião!

Boa reflexão!
Sou mãe e a minha filha tem acesso a tecnologia. Se ela pode ser prejudicial? Talvez sim, tem o seu impacto se a utilização não tiver um limite ou objetivo previsto.
Hoje a tecnologia faz parte do nosso dia a dia. Para impedir o acesso do mesmo às crianças, temos que ser nós os primeiros a abdicar da sua utilização. Como posso dizer à minha filha para não usar o telemóvel, o tablet, a televisão ou o computador, se eu própria preciso deles?
Como é claro, no meu papel de mãe eu oriento e faço o filtro daquilo que ela pode fazer com a tecnologia.
Continua o bom trabalho.

De facto essa é uma questão interessante: o abdicar da tecnologia para não expôr as crianças à sua utilização. Novamente, como não sou pai não consigo ter uma opinião por experiência, mas nesse caso penso que passa muito pela forma como é filtrada a sua utilização. Afinal de contas, a tecnologia pode ser uma grande ferramenta para a aprendizagem, como vimos no video partilhado. De qualquer das maneiras, penso que é esse o caminho!

Muito obrigado por partilhares a tua experiência e pelo apoio!

Boa reflexão e basicamente o que também penso. Enquanto psicóloga, creio que a tecnologia tem sido muito mal utilizada pelos mais novos, é um babysitter que encanta muito mais com imagens e sons e menos frustrações porque tudo é feito à vontade da criança. Mas também entendo a parte dos pais. Hoje em dia o cansaço acumula-se de tal forma que é quase impossível ser-se paciente e dar-se a atenção necessária a um filho. É mais fácil deixa-lo meia hora com o tablet ou a TV e adiantar o jantar, estender a roupa ou simplesmente respirar, como essa senhora no metro.

Enquanto mãe há precisamente 1 ano tenho sentido isso na prática, é um esforço mental enorme esquecer as tarefas diárias e dedicar-se a um pequeno ser que está a descobrir o mundo e precisa do outro para tal. Sempre fui contra o uso precoce de qualquer tipo de tecnologia, não a evito completamente com a minha filha, mas também não me sirvo dela como babysitter. Acho que ela própria já está habituada a que assim seja porque por duas vezes já experimentei deixa-la a ver TV e não quer estar ali sossegada nem por 5 minutos!

Acredito que se a educação dos pais assim continuar, quando ela crescer vai-lhe ser mais difícil aceitar que a tecnologia seja mal utilizada noutros contextos. E se lhe dermos competências sociais e interpessoais suficientes para se expressar livremente sem ser arrogante, irá com certeza mudar mentalidades ou pelos menos deixar alguém a reflectir! ;)

Atenção que é a minha opinião e a minha forma de agir, não estou a querer dizer que é a melhor.

Penso que, neste caso, é ótimo ter uma opinião de uma mãe relativamente a este assunto, até porque não tenho noção do que implica criar uma criança.

Concordo plenamente com o que disse e penso que nada mais tenho a acrescentar :)

Muito obrigado pelo comentário! Espero vê-la mais vezes!

Na minha experiencia, apenas lidei com um pc mais tarde que todos os colegas da minha geraçao e ate mais novos isso levou-me a que ainda hoje me sinta meio "troglodita" ao lado de certas pessoas que tem á vontade muito desenvolvido com estes aparelhos. uma delas és tu. adorava poder sentir um pc como um pianista sente um piano, um piloto um carro ou até um pedreiro sente o martelo. quero com isto dizer que um artesao deve conhecer a sua ferramenta e os aparelhos tecnologicos nao passam disso, de ferramentas, cabe aos responsaveis de educaçao ensinar a miudagem disso pois o acesso a entretenimento gratuito atraves destes materias é absurdamente facil e viciante; pode ate em certos casos levar a tipos de esquizofrenia. é sim um perigo e uma vantagem permitir o cantacto a tecnologia a crianças, nao deve ser feito de forma desplicente mas sim utilitaria e "narcisa" e evitar o apego exagerado aos bens materias, mas ai teriamos materia para uma outra discussao! continua com o bom trabalho meu irmao, estou a adorar a saga.

Acredito que tudo em excesso faz mal. O problema com a tecnologia é que ela facilita de um lado e prejudica de outro. Um exemplo é a facilidade que temos com os veículos que encurtam os prazos e as distâncias, mas por outro lado nos tiram o exercício de andar e provocam acidentes. As facilidades geram um comodismo, o que é extremamente ruim. Mas são inevitáveis os avanços tecnológicos e cada geração tem um jeito próprio de lidar com isso.

A tecnologia é muito versátil, é um facto. Isto gera uma série de "vantagens" e, consequentemente, "desvantagens". Claro que qualquer coisa levada em excesso vai invocar estas "vantagens" e "desvantagens", mas penso que, a partir do momento em que sabemos como as coisas se processam, poderemos arranjar maneiras de evitar os contras. Eu acredito que tudo isto vem do modo de como as pessoas encaram as ferramentas e não das ferramentas propriamente ditas.

Muito obrigado pelo feedback!

Sim depende de como as pessoas a usem. Não podemos culpar as armas nem os carros pelos acidentes. Mas também não metemos pessoas sem carta de condução ao volante.

Mas ver crianças a nascer já coladas ao telefone é algo que balança mais para o nocivo do que seja para onde for. Vamos só falar num aspecto como o de relação homem/ mulher. Esquecendo todos os outros factores, como dormir com frequências wifi e bluetooth ao lado do cérebro em sono RAM. Ou a dependência de dopamina.

Mas agora vamos ter uma geração que desde os 5 anos tem acesso a tudo o porno possível. Que quando chegar a adolescência vai virar o polegar para a esquerda em vez de ir falar com alguém.

Mas bom... este comentário já está grande de mais heheheh.

Vivemos numa altura fantástica da humanidade graças a tecnologia. E sim, não a podemos culpar, pois depende do uso. Mas é certo que 90% do uso que lhe estamos a dar é no mínimo alarmante.

Muito bom post!

Concordo plenamente. É um facto que não podemos culpar a tecnologia, mas como disseste e muito bem, as pessoas não estão a utilizar esta nova realidade digital de forma favorável (no geral, claro).

Este post acaba por ser uma tentativa para que os leitores tenham mais presente esta questão que parece "normal" aos olhos da sociedade mas que é preocupante. Pode ser que no futuro esta questão mude.

Muito obrigado pelo feedback e pelo apoio!

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