Deixar o emprego para mudar o mundo | Capítulo 2: Mentalidade para prevalecer (parte 1/3)
No primeiro post desta série falei sobre as razões que me levaram a decidir deixar o meu emprego para me dedicar a criar um impacto positivo no mundo. No entanto, sei que o caminho será longo e difícil. Para prevalecer é essencial cultivar uma mentalidade que permita ultrapassar as (muitas) dificuldades que vão surgir. Este tópico, devido à densidade que acarreta, será dividido em três partes.
Parte 1 - Ver a realidade como ela é
Um dos problemas mais frequentes com que nos deparamos, quando tentamos criar algo novo, é deixar que os nossos sonhos e perspectivas turvem a visão da realidade. Como seres humanos, temos uma capacidade de imaginação fantástica e é muito fácil criarmos ideais e objectivos utópicos na nossa cabeça. O desejo de sucesso para o nosso projecto pode cegar-nos e, quando as metas que impusemos a nós mesmos não se concretizam, levar-nos à frustração e até a desistir.
Penso que a melhor abordagem será basearmo-nos no método científico para evitar ilusões e manter uma relação próxima com a realidade. Por outras palavras, cada acção deve ter um propósito bem definido. Devemos apontar para um resultado mensurável, definir claramente como o vamos medir e os passos a tomar para o atingir. Isto é essencial por duas razões, confere a cada acção uma direcção clara, evitando desvios ou distracções, e permite avaliar objectivamente o resultado e com ele aprender e melhorar.
Exemplo: Estou à procura de moedas para fazer trocas rápidas, vejo o gráfico ETH/BTC e identifico 3 razões para comprar e projecto um lucro mínimo de 5%. Anoto esta informação, faço a compra e coloco as ordens de venda de acordo com o objectivo. O ETH desce em vez de ter a subida que eu previ. Não me sinto frustrado nem desesperado, simplesmente revejo a informação que anotei para tomar esta decisão e tento descobrir porque é que o resultado não foi o previsto. Assim aprendo e ajusto a minha abordagem para a próxima não cometer o mesmo erro.
É muito importante não ter medo de errar e fazer o nosso melhor, com o conhecimento que temos no momento. Se os resultados não forem os esperados devemos analisá-los de forma crítica e identificar as discrepâncias entre o nosso entendimento e a realidade. A realidade deve ser sempre o nosso guia e, por mais difícil que seja, devemos tentar compreendê-la deixando de lado as nossa fixações e ilusões. Se a realidade aponta numa direcção diferente das nossas convicções devemos ajustá-las em conformidade, pois ignorá-la é infrutífero e pode rapidamente revelar-se fatal. Se seguirmos este processo a nossa aprendizagem e crescimento serão exponenciais!
Obrigado por lerem!
Este é o segundo post de uma série que descreve a minha jornada, para deixar o emprego e criar uma organização com o objectivo de causar um impacto positivo no mundo. Neste post descrevi-vos parte da mentalidade que estou a adoptar para seguir este caminho. Os próximos posts, após completar este tópico, falarão da abordagem prática que penso implementar .
Qual a vossa opinião?
Alguma vez sentiram frustração ou desistiram de algo em que acreditavam por não obterem os resultados esperados? Pensam que cultivar uma relação mais próxima com a realidade ajuda a manter-vos no caminho certo?Capítulos anteriores
Imagem criada por @shaden
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Até à próxima!
Ricardo
Fala @ricardocastilho, para enriquecer o tema vou trazer uma experiência pessoal bem diferente da sua aqui a respeito dessa ideia de "ver as coisas como elas realmente são", mas que seguem a mesma lógica.
Há alguns anos atrás eu e minha esposa vivenciávamos uma visão de mundo de sairmos da cidade e vivermos mais próximos da natureza e de hábitos simples. Nos mudamos para o interior de minha cidade, num terreno de meu sogro. Fizemos nossa casinha de madeira, água de poço, larguei o emprego fixo para voltar a ser editor de videos freelance, mas meu interesse real (dado que não haveria aluguel e contas muito altas) era vivenciar a vida mais natural mesmo e tentar por em prática a ideia de plantar o que irá comer, cuidar da terra e quem sabe até fazer uma grana com esse projeto alternativo, não só com os alimentos, mas com artesanatos. Essa experiência durou mais ou menos um ano e meio. Aprendi muito, muito mesmo, mas principalmente a não viajar na maionese em relação as expectativas.
O plantio de todo e qualquer alimento é muito complicado, mesmo eu que sempre lidei com terra e amo isso, tive muita dificuldade para preparar uma terra do zero para que possa dar bons alimentos, consegui nesse tempo todo colher bastante coisa, mas definitivamente não a ponto de que não precise ir no mercado, até por que ninguém vive só de vegetais. Mas apesar de MUITO trabalho, dias e dias lidando no sol forte, pernilongos mordendo por tudo e muito desgaste, foi uma jornada de crescimento profundo em relação ao plantio do que se come. Esse processo porém foi tornando-se complicado quando os videos não estavam dando dinheiro, a água do poço não estava realmente boa para tomar e as temporadas de pernilongos eram terríveis a ponto de deixar a casa inteira trancada para não entrarem!
Nesse ano e meio passamos por várias fases e crescemos muito, aprendemos a diferenciar a realidade bruta de viver no interior e a de ter essa vida pseudo orgânica que virou modinha nas redes sociais. A realidade é sempre mais difícil que o planejamento. E espero que você, inteligente como deve ser compreenderá esse post não como um pessimismo, mas sim como um realismo, que vejo que já faz parte de você, dito que se baseia na visão crítica e científica! Saber que o fluxo da vida não é sempre o mais confortável, mas que sabendo remar, podemos ir para qualquer lugar, você certamente terá sucesso nessa empreitada rumo a liberdade pessoal, não só em questões financeiras mas pessoais e intelectuais! Desejo sucesso!
Olá Thomas! Muito, muito obrigado por partilhar esta fantástica história! Sem dúvida que enriqueceu o tema!
Realmente a vida pode ser difícil e imprevista, principalmente quando seguimos caminhos mais controversos. Mesmo tendo um plano sólido e uma visão crítica podemos ser apanhados de surpresa. Mas também é assim, analisando o porquê dessas surpresas, que aprendemos e nos ajustamos à realidade.
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