Comédia neozelandesa fala sobre busca de aceitação e amizade

Provavelmente, todo mundo tenha uma história trágico-cómica para contar. Daquelas que pensamos “depois que passa, a gente ri”. Algumas delas, são tão boas que se tornam inesquecíveis, podendo render livros e filmes. Recentemente, uma dessas virou uma produção hollywoodiana. É o caso de O Artista do Desastre, de James Franco (recomendo muito).

Obviamente, essa não é a única. Outras tantas já existem ou estão por vir. Por exemplo, Eddie, The Eagle, que também já falei a respeito. Ambas, são baseadas em fatos reais. Mas, a ficção também reserva boas comédias reflexivas sem precisar recorrer a muitos absurdos.

Uma dessas histórias, que me recordo bem é A Incrível Aventura de Rick Baker (Hunt for the Wilderpeople, 2016), de Taika Waititi. Baseado no livro Wild Pork and Watercress, de Barry Crump, a trama fala sobre busca de aceitação e relações sociais de uma forma cômica e criativa sem espaço para clichês. Possivelmente, um humor estilo neozelandês típico do diretor.

Rick Baker (Julian Dennison) é um órfão de 13 anos com sobrepeso, considerado um delinquente juvenil, que acaba de ser acolhido pelo casal Bella (Rima Te Wiata) e o bruto Hec (Sam Neill, de Jurassic Park), que residem em uma mata neozelandesa.

Julian Dennison em cena (Foto: Divulgação/IMDb)

A acolhida reserva alguma surpresas para a nova família em construção. Em pouco tempo, a situação muda, então Rick resolve fugir de casa, mas perde-se na mata. Para descobrir, seu paradeiro Hec sai atrás de seus rastros. Dessa forma, eles se tornam homens procurados, explorando paisagens intocadas.

Sam Neill e Julian Dennison em cena (Foto: Divulgação/IMDb)

Aos poucos, o que poderia se tornar uma experiência dramática considerando todos antecedentes muda de figura com novos elementos, como o valor de uma amizade.

Além da fotografia deslumbrante, a trilha sonora também é bem apurada. Com uma mistura de temas originais dos compositores de artistas neozelandeses, do sueco Moniker e outros.