Minha experiência com Ayahuasca

in #espiritualidade4 years ago (edited)

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AHHH a tão polêmica Ayahuasca, amada por muitos criticada por outros!

O QUE É A AYAHUASCA

Infusão do cipó Mariri, também chamado de cipó-jagube, e das folhas do arbusto Chacrona, tem origem indígena, sendo traduzida como "vinho dos mortos" é utilizada dentro de rituais religioso não-indígenas como o Santo Daime, Céu de Maria, Porta do Sol e União do Vegetal, tem seu consumo permitido, no Brasil, pelo CONAD - Conselho Nacional de Políticas Sobre Droga, fora do território nacional ainda encontra muitas barreiras em alguns países.

O chá de ayahuasca contém DMT e inibidores da monoamina oxidase, que quando consumidos na infusão produzem processos físicos e espirituais através de mirações, alucinações, experiências espirituais e mediúnicas.

Efeitos físicos também pode ser experimentados, como vômito, suador, choro, diarreia.

Hoje vou relatar minha primeira experiência com a sagrada Ayahuasca, mas antes de tudo sempre é necessário muita responsabilidade e respeito com o uso da medicina. Sempre bom estar atento as recomendações e contraindicações, algumas pessoas como por exemplo aqueles que usam remédios faixa preta ou que possuem alguns distúrbios psicológicos devem consultar primeira seu terapeuta.

MINHA PRIMEIRA EXPERIÊNCIA COM A SAGRADA MEDICINA

Uma característica minha muito forte sempre foi a curiosidade com tudo o que é místico ou espiritual, e a Ayahuasca ocupava um espaço especial, a muito desejava passar por esta experiência, no entanto, ao mesmo tempo muito receoso diante as costumeiras polêmicas envolvendo o seu consumo.

Alguns diziam que tem que estar preparado, outros dizem que tem momento certo para tomar, justamente porque consagrar Ayahuasca é um processo grandioso. E de fato, não pode ser levado na brincadeira, se sua intenção com o chá é ver coisinhas, dragões e fadas, indico que mude seu conceito, a sagrada medicina tem muito mais o que experimentar.

E no final do ano passado finalmente a oportunidade surgiu, finalmente o chamado era tão forte que era impossível recusá-lo, marquei de ir a cerimônia, e pelo caminho inteiro muito receoso, confesso com um pouco de medo.

O medo neste caso, compreendi depois de mais algumas cerimônias é irracional, mas natural. O medo vem do desconhecido, tal como uma criança estava com medo do escuro. Hoje tenho a consciência do que independe do que a medicina tem para me oferecer, a peia ou a borracheira como meus amigos "Ayahuasqueiros" falam, é necessário, para o bem, e merecido.

Esta cidade foi em uma cidade da região, um pouco longe, à noite e prometia atravessar a madrugada, somente tendo fim com os primeiros raios do sol, quando o pai sol desse a cara novamente. Chegando no lugar da cerimônia fiquei maravilhado pelo ambiente, principalmente pela sua energia de ternura, acolhimento e calmaria.

Era interessante encontrar pessoas com tamanha sintonia, todos ali emitindo energia positiva unidos por um objetivo em comum, o desenvolvimento espiritual de cada um e de todos.

As músicas, que alias nunca tinha ouvido nada parecido, ajudavam nesta energia quente e tranquila, músicas com temas indígenas e orientais, com repetição de mantras e com muitas batidas, era algo que chamava atenção e ajudava na concentração.

Conforme finalmente chegava a hora de consagrar a medicina a ansiedade virava a euforia, tentava imaginar o que aconteceria dali pra frente naquela madrugada, ao mesmo tempo nervoso e receoso, um pouco cético quanto se de fato o que falavam sobre o chá era verdade ou se tinha um pouco de exagero.

Então tomei a primeira dose, sentei e meditei, e de fato o chá ajudava muito a meditar e focar em si próprio, no entanto conforme o tempo passava me frustrava porque todas aqueles efeitos relatados por todos comigo não acontecia.

Mas aí chegou a segunda dose para acabar com qualquer ceticismo no meu coração, era como se o chá dissesse "ah ok, você não acredita em mim, então vou te mostrar".

Em questão de cinco minutos foi como se eu tivesse sido atropelado por um caminhão, e este caminhão transformou-se em uma nave espacial que me levou pelo espaço pousando no Egito.

Com os olhos abertos era como se o mundo fosse parcialmente outro, tudo mais colorido, principalmente a fogueira, que explodia a lenha com mais força e cor, suas labaredas eram como se tivessem metros e metros de altura, seu calor era acolhedor, e certa hora suas labaredas desenhavam a cabeça de um leão.

Claro que é apenas uma forma ilustrativa de descrever os efeitos do chá, porque a experiência em si é indescritível, é algo interno e pessoal, acontece fora do campo das palavras, mais pelo campo das energias e da espiritualidade. De fato somente experimentado para conhecer.

As músicas que relatei antes tem importante função na consagração, auxiliam e orientam a "força", que é uma forma de silenciamento da mente e ampliação da consciência. Suas frequências e mantras, conforme são mais ou menos acelerados impactam no processo individual de cada um.

Em resumo, foi um dia de muita sabedoria e de auto conhecimento, a Ayahuasca ao silenciar minha mente permitiu chegar em outro nível de consciência me dando acesso a ferramentas para resolver meus problemas pessoais.

A medicina da Ayahuasca permite muita limpeza, tanto física como espiritual, claro que ela não substituí a medicina tradicional e deve ser utilizada com moderação, mas é uma sagrada sabedoria que por todos deve ser conhecida.

Mas esta experiência foi, e continua operando seus efeitos, transformadora na minha vida, vem transformando meu modo de ser, meus pensamentos e ajudando no meu desenvolvimento.

Salve as plantas sagradas!
Salve o grande espírito!

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