Artistas de nossas próprias vidas: que a auto-apreciação seja mais permitida (leão/aquário)

Uma das heranças católicas é a ética da doação e bondade acima de tudo. "Faça o bem, não importa a quem", "pense nos outros em primeiro lugar", "deixe o ego de lado", "não deixe seu ego te dominar", são frases que me lembram a figura de alguém que abdica da sua luz e do direito de exercer sua individualidade. Prefiro "faça o bem se assim sentir vontade", "pense nos outros sempre que tiver condições, não deixando de pensar em si mesmo" e por aí vai.

Em nossa cultura há uma distorção da força de aquário que, na verdade, não implica na eliminação da energia de leão que é justamente a exaltação de si. Jeito estranho de viver a humildade, negando nossa natureza autocentrada, assim como, também benevolente. Somos o lobo bom e o lobo mau ao mesmo tempo, se é que podemos chamar nossa necessidade de apreciação de lobo mau. Para mim é mais uma necessidade humana que não deve ser deixada de lado.

Abençoado seja o eixo aquário/leão que, por um lado, nos lembra a importância de olhar para o coletivo, suas necessidades, harmonia e bem estar e, por outro, também olhar para nós mesmos, para aquilo que nos faz únicos e merecedores de estima. Desejo estima a todos, e principalmente aquela que vem de dentro e que só acontece a partir da autopermissão. E brilhar a nossa luz é algo que dá tanta, tanta satisfação! É como uma confirmação divina de que estamos no caminho certo, de que estamos fazendo aquilo que viemos fazer ou, sem nem tantas pretensões espirituais assim, de que estamos vivendo de uma maneira a se orgulhar.

Leão é a energia criadora, é a ação de criar algo que se aprecie. Todos temos disponível esta força e, acima de tudo, nosso próprio corpo e vida como arena para expressão da criatividade de ser. Há que se comer, dormir, ter segurança e outras coisas que garantem nossa sobrevivência e bem estar. A partir disso a vida é criação, obra artística a ser vivida da maneira mais bela que você puder, como um artista de si mesmo.