Entre o medo e o amor a escolha é simples, o amor.
Estou a aprender a interpretar os comportamentos dos outros de uma forma diferente na minha vida. E desses outros, muitos são meus alunos.
Compreender que o que se passa no meu dia a dia é responsabilidade minha, pois é reflexo da minha vibração, do que eu penso ou sinto, muda tudo. Depois de aprender isso tenho vivido uma experiência de aprendizagem incrível e a uma velocidade que não pensei que fosse acontecer depois de deixar a vida de aluna (do ensino formal).
Ser consciente...
Ao viver de forma consciente, a cada dia que passa vejo-me com uma oportunidade de reconhecer algum medo ou padrão que tenho repetido ao longo do meu percurso e que me impede de ser feliz, de viver a vida em paz, em amor.
Muitas vezes me perguntei se queria continuar a dar aulas. Algumas vezes porque me sentia exausta pela forma como trabalhava, outras por achar que os alunos não correspondiam ao que se esperava deles, outras porque o cansaço me deixava fragilizada e à mercê de um ego que ajuda a florescer tudo o que são inseguranças, me levava mesmo a sentir medo dos meus alunos. Medo, medo de quem está a começar a sua jornada nesta vida, medo de quem tem ainda mais medos e precisa aprender a lidar com eles, medo que quem está a descobrir-se a si e ao mundo, através dos olhos de quem os guia.
Ao aprender a viver em consciência, aprendo também que eu não sou o medo. E afinal é tão simples. Entre o medo e o amor a escolha é simples, o amor. Já escolhi, por isso me comprometi. E este compromisso é comigo, com a minha transformação.
Voltando ao princípio... Tenho muitas turmas cada uma com as suas características. Se com umas consigo ter maior facilidade de trabalho, com outras não se passa o mesmo. Seria fácil deixa-me levar, mais uma vez, pelo medo. No entanto, eu escolhi um novo caminho. Ao escolher o caminho do amor, torno-me responsável por tudo o que atraio, por tudo o que recebo. Tudo o que vivo com cada turma eu uso para reflexão, uso-o para me corrigir.
Como? Tenho vindo a aprender a limpar das minhas células toda a necessidade de corresponder ao que esperam de mim (estado, sistema...). Isso deixava-me sempre distante de tudo o que achava importante e eu não conseguia estar presente em cada um dos momentos para ser capaz de agir corretamente. Assim sendo passei a ser capaz de me dar, de viver cada instante e até de desfrutar do momento com os alunos. Da mesma forma, passei também a desfrutar da entrega dos mesmos ao trabalho que vai sendo proposto. Não significa que antes não se empenhassem, eu é que não era capaz de desfrutar.
Sei que muitas das minhas inseguranças vêm das experiências que vivi em crianças com os colegas de escola. Muitas delas despertam com o comportamentos dos alunos, contudo, é possível mudar. Agora estou consciente que cada uma delas só sobreviverá se eu a alimentar com o medo. Sinto-me mais serena, mais confiante e ainda me divirto.
Estou a percorrer este caminho e a cada tropeço volto a levantar-me cheia de esperança porque recebi mais uma oportunidade de me conhecer e de me corrigir. O medo ainda vive comigo eu é que lhe vou dando o descanso que ele precisa para então ser feliz.
Grata VIDA